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sexta-feira, 18 de janeiro de 2019
Becoming...
Aderi ao desafio "The Bibliophile Club" e ao "Uma Dúzia de Livros" da Rita da Nova . No mês de Janeiro o primeiro tinha como tema livros de não-ficção ou auto-ajuda e o segundo tinha como tema um livro escrito por uma mulher. Escolhi o livro "Becoming" de Michelle Obama que satisfaz os dois desafios.
Logo que o livro saiu, senti um impulso para o comprar. Adoro autobiografias, gosto de conhecer as pessoas por dentro, os seus sentimentos ou a forma como interpretam a sua vida. E encontramos sempre pontos em comuns, mesmo com alguém que vive no outro lado do oceano, é conhecida globalmente, e atingiu o topo do estatuto social.
No entanto, Michelle cresceu num bairro de Chicago que estava em deterioração, com a saída das famílias da classe média para a periferia da cidade. Vivia com os pais (um funcionário municipal das águas com esclerose múltipla e uma doméstica) num 1º andar arrendado em casa dos tios. Sempre foi focada na escola e prova que a educação é uma dos caminhos essenciais para a mobilidade social. Frequentou Princeton, uma das mais prestigiadas universidades do mundo, e automaticamente chegou ao 47º andar de um famoso escritório de advogados, onde acabou por receber Barack como estagiário.
Contudo, apesar do excelente salário e de ter uma carreira promissora pela frente como advogada, resolveu que precisava de um emprego com propósito, que melhorasse de alguma forma a vida das pessoas. Michelle trabalhou num gabinete na Câmara Municipal, depois foi directora de uma filial da start-up “Public Allies” que incentivava os jovens a seguirem uma carreira no serviço público e em entidades sem fins lucrativos, formando uma geração de futuros dirigentes comunitários. Esteve ainda numa universidade, num gabinete de saúde, onde desenvolvia actividades para estabelecer relação entre o campus e a comunidade.
Parte da história entre Michelle e Barack já era conhecida. Neste livro, Michele vem revelar que tiveram problemas de fertilidade, chegaram a ter um aborto e que recorreram a tratamentos para conseguirem engravidar. A relação entre os dois foi muitas vezes à distância, por motivos académicos ou profissionais e políticos, o que sobrecarregou a Michele com todas as obrigações da casa e da família. Aos 38 anos sentia-se exausta (como eu a compreendo !) e com problemas no casamento, pelo que houve uma altura que recorreram a terapia conjugal (o que acho interessante, porque publicamente dão a imagem do casal em completa sintonia) e conseguiram arranjar formas de ultrapassar principalmente as falhas de comunicação.
Obama é apresentado sempre como brilhante mas, ao mesmo tempo, “leve” e focado. Foi fazendo a sua carreira política, concorrendo à presidência, mesmo com a Michelle a detestar a política.
Uma parte do livro conta essa parte política e os 8 anos a viver na Casa Branca.
Ficam algumas ideias que considerei mais importantes e basicamente o que acho importante reter, tendo em conta que o que me interessa são basicamente os assuntos sociais e de melhorar a vida das pessoas, principalmente as que estão numa posição desfavorecida:
“Mas, ao escutar Barack, apercebi-me de que a sua versão de esperança ia muito mais longe que a minha: uma coisa era uma pessoa tentar sair de um lugar encalhado, outro bem diferente era tentar desencalhar o lugar propriamente dito. (p.48) (…) Resignamo-nos com o mundo tal como é, ou trabalhamos pelo mundo como ele devia ser?”
Michelle foca-se muito na importância de existirem pessoas que acreditam em nós, que acreditam nas nossas capacidades e que nos dão ensinamentos e oportunidades. Ela considera que o seu percurso se deve a pessoas fundamentais que encontrou no caminho e tenta replicar essa ideia através de programas de mentorias, junto principalmente de jovens mulheres. Penso que atualmente continua a fazer esse trabalho, através da Fundação Obama.
Basicamente o lema que fica é : Tu importas! (independentemente na raça, género, classe social).
Gostei muito e recomendo a leitura.
terça-feira, 19 de julho de 2016
193 livros: ARGENTINA
País: Argentina
Livro: Diários de Motocicleta
Autor: Ernesto Che Guevara
Fonte: comprado
Pontuação: 8/10
Apetece-me procurar mais sobre: Che Guevara, Revolução cubana
Este livro é o diário de Che Guevara, em que relata a viagem que fez com o seu amigo Alberto Granado pela América do Sul, em mota, nos anos 50.
Ainda jovem e estudante de medicina, esta viagem transformou-o. Ao tomar conhecimento com a realidade social sul-americana, desenvolveu ou apurou o seu lado de justiceiro e revolucionário político.
Eu, que sempre sonhei em viajar pela América Latina, gostei muito do livro.
sexta-feira, 8 de julho de 2016
193 livros: Perú ou República Dominicana
País: Perú ou República Dominicana
Livro: A Festa do Chibo
Autor: Mario Vargas Llosa
Fonte: comprado
Pontuação: 7/10
Este livro de Mario Vargas Llosa, Prémio Nobel da Literatura, é constituído por 3 histórias entrelaçadas.
A primeira história é sobre uma mulher, Urania Cabral, que está de volta à República Dominicana, após uma longa ausência, para visitar o pai doente, e acaba por recordar incidentes da sua juventude e revelar um antigo segredo da família (que ainda não descobri mas deve ser terrível, dado que só voltou a falar com o pai e resto da família passados para aí 30 anos).
A segunda história centra-se no último dia na vida do ditador Trujillo, dando um contexto histórico profundo, em que é explicado o modo de funcionamento do regime, a que o pai de Urania pertenceu.
A terceira componente é a noite do assassinato de Trujillo e a descrição dos seus assassinos, muitos dos quais tinham sido leais ao governo, dando a conhecer as suas histórias e motivos.
Cada aspecto do enredo mostra uma visão diferente sobre a República Dominicana no seu contexto político e social, passado e presente. Recomendo a quem goste de "novelas históricas".
Apenas estou indecisa se o classifico como livro representante do Perú, país de origem do autor, ou da República Dominicana, país onde se centra o enredo e dá conta do contexto histórico e cultural daquele país.
quarta-feira, 6 de julho de 2016
193 livros: EUA
País: Estados Unidos da América
Livro: As Serviçais
Autor: Kathryn Stockett
Fonte: comprado
Pontuação: 9/10
Se há temática que me toca e enfurece é o mundo do emprego doméstico. Não, nunca fui empregada doméstica mas de há uns anos para cá contactei com muitas e as situações que me foram contando (exploração, não cumprimento de direitos, demasiadas horas de trabalho não pago, acusações de roubo, humilhações, abuso sexual,…) foram despoletando em mim uma certa revolta…
Devorei o livro “As serviçais” (“Help” em inglês) da Kathryn Stockett e adorei. Passa-se nos EUA, nos anos 60, e centra-se na história, principalmente, de 3 mulheres.
Skeeter é branca, quer ser escritora mas quando acaba o curso volta para a terra-natal, onde a mãe e as amigas só pensam em casá-la. Começa a sentir-se incomodada com a naturalidade com que a discriminação é encarada e com o modo como o seu círculo de “amizades” trata as empregadas.
Aibileen é uma criada negra, que foi ama de dezassete crianças, educando-as quando os pais não lhes ligavam. No entanto, quando o filho morre nada volta a ser como antes.
Minny, também criada e a melhor amiga de Aibileen, é conhecida como a empregada mais respondona da zona e começa a ganhar má fama entre as patroas. Hilly, a senhora branca líder da comunidade faz-lhe a vida negra.
Cansadas das humilhações (coisas como casas-de-banho separadas porque negros pegam doenças aos brancos), acusações e exploração, estas três personagens juntam-se para escreverem um livro anónimo onde contam todas estas histórias sobre as patroas, o bom e o mau.
Num tempo em que as pessoas de cor eram consideradas inferiores em todos os aspectos, não podiam frequentar os mesmos sítios dos brancos, este livro falar sobre discriminação racial, de classe e género mas também de amizade, amor e força para tentar mudar o que está mal.
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